A pandemia do COVID-19 destacou a importância do trabalho na formação da saúde e do bem-estar da população. Muitas reflexões foram feitas de como as coisas afetam a saúde ocupacional e o bem-estar dos trabalhadores e como as mudanças de tendências no emprego e nas condições de trabalho foram aceleradas pela pandemia.
A pandemia acelerou a redistribuição de empregos entre setores, afetando os padrões de trabalho e emprego: estima-se que 25% dos trabalhadores em todo o mundo escolherão ou precisarão mudar de ocupação até 2030.
A pandemia também está estimulando a inovação tecnológica nas esferas física, digital e biológica, pensando sempre na saúde ocupacional dos colaboradores. Essa inovação está resultando em uma rápida implementação de tecnologias emergentes no local de trabalho (por exemplo, automação, comércio eletrônico, robótica, inteligência artificial, aprendizado de máquina, nanotecnologias e biotecnologias).
Estima-se que mais da metade das empresas globais aceleraram a automação de tarefas por causa da pandemia.
Como a Pandemia do Covid-19 tem afetado as empresas?
Os empresários durante a pandemia tomaram decisões empresariais, baseando-se pelo seu setor e pelo tipo de trabalho realizado por seus funcionários, respeitando mandatos e políticas públicas com foco na saúde ocupacional.
Por exemplo, empresas grandes e multinacionais, tiveram dificuldade em implementar mudanças rapidamente em resposta a um cenário COVID-19 em evolução.
Muitas pequenas e médias empresas têm lutado para equilibrar as prioridades dos negócios com a saúde ocupacional e o bem-estar dos trabalhadores, já que muitas possuem recursos limitados e restrições financeiras.
Espera-se que as empresas sejam mais resilientes em resposta à mudança do cenário de forças sociais, econômicas e políticas mais amplas. Essas abordagens incluem a simplificação de processos para permitir uma resposta rápida e alinhar os objetivos da organização com a segurança do trabalhador.
Muitas empresas estão migrando para os trabalhos remotos conectados por tecnologias. Os trabalhadores remotos também podem se beneficiar com a eliminação do tempo de deslocamento, maior autonomia e controle do trabalho, melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal, maior participação na comunidade e horários de trabalho flexíveis.
No entanto, algumas empresas com trabalhadores remotos enfrentam desafios na implementação de novas políticas, programas e práticas para trabalho remoto. Alguns trabalhos são conduzidos de forma mais eficaz online, mas outros exigem e se beneficiam da interação interpessoal, não conseguindo ser feito com o apoio da tecnologia.
À medida que a pandemia continua, muitos locais de trabalho, especialmente em saúde, educação, serviços de alimentação e varejo, redesenharam empregos e modificaram ambientes físicos de trabalho para reduzir a exposição dos colaboradores, preocupados com a saúde ocupacional.
E para trabalho que necessitam ser presenciais?
Claro, mencionamos que muitas empresas estão no sistema de colaboradores remotos, entretanto, fábricas, lojas, setor de saúde, alimentício, entre outros, não há como optar pelo famoso home office, como fica a saúde ocupacional desses colaboradores?
Esses setores foram um dos mais afetos por causa das resoluções que fizeram com que fechassem as portas por um período. Assim, foram pensadas várias medidas de segurança quanto a higiene do local, proteções e distanciamento para que os colaboradores e clientes ficassem seguros.
Algumas empresas também diminuíram o horário de trabalho dos colaboradores, optando pela rotação dos seus funcionários, assim, diminuindo a aglomeração dentro dos seus espaços.
O que esperar para o futuro?
A pandemia do COVID-19 terá impactos de longo prazo nas empresas, nos trabalhadores e no futuro do trabalho em todo o mundo. As especificidades desses impactos, no entanto, permanecem incertas. A pandemia enfatizou a importante relação entre trabalho e saúde da população. Ele destacou a importância do bem-estar e da saúde mental do trabalhador, expandindo assim a estrutura de saúde e segurança ocupacional – que anteriormente se concentrava no risco de doenças e lesões – para também se concentrar nos impactos positivos que o trabalho pode ter na capacidade dos trabalhadores de prosperar na vida.
A pandemia do COVID-19 destacou a importância da saúde ocupacional, condições de trabalho, políticas e práticas específicas que ajudaram organizações e trabalhadores a enfrentar os desafios relacionados à pandemia.
Estes incluem um compromisso com a saúde física e emocional, bem-estar e segurança dos trabalhadores; supervisores e lideranças de apoio e flexíveis; comunicação e diálogo frequentes e honestos; disposições de trabalho flexíveis; incentivo e apoio ao engajamento dos trabalhadores tanto na identificação quanto na resolução de problemas; e benefícios organizacionais aprimorados (por exemplo, assistência financeira para estabelecer escritórios remotos ergonômicos, assistência infantil, políticas de licença médica e políticas de licença para cuidadores).
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