O combate da poluição plástica no mundo está em duas soluções: reciclar e reduzir - GNR Ambiental

A poluição plástica é apontada como um dos maiores problemas de nossos tempos. Isso ocorre porque o plástico não é um material biodegradável, sendo capaz de permanecer no ambiente por milhares de anos.

No entanto, existem maneiras de evitar que esse resíduo vá parar onde não deve (como nos rios, mares, matas e outros ambientes naturais) e passe a ser utilizado como um importante material, que pode ser reciclado e, com isso, transformado em novos produtos. Buscar novos caminhos e mudar hábitos são primordiais para a solução do problema.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) tem como objetivo a adoção de hábitos de produção e consumo sustentável, visando um crescimento mais harmônico no planeta. Para tanto, propõe práticas de reciclagem, a reutilização de resíduos sólidos — domésticos ou industriais e que possam ser reciclados ou reaproveitados — e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos (resíduos que já não podem ser reutilizados), visando minimizar os danos.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos tem como premissas a responsabilidade compartilhada e a logística reversa. Basicamente, a PNRS responsabiliza a todos que participam do ciclo de consumo pela redução da geração, reaproveitamento e descarte adequado de resíduos, como apontado no Capítulo II, a não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.

Importância da reciclagem.

Reciclar parece óbvio, mas ainda não estamos fazendo um bom trabalho. Um relatório produzido pelo WWF (sigla em inglês para Fundo Mundial para a Natureza) – “Solucionar a poluição plástica – Transparência e responsabilização”, aponta que apenas 1,2% do plástico gerado no Brasil é reciclado, de uma produção anual que passa de 11 milhões de toneladas. Esse dado mostra o quanto ainda temos a crescer neste setor.

Ainda de acordo com o estudo, até 2030 mais de 104 milhões de toneladas de plástico poderão chegar aos nossos ecossistemas em todo o mundo – se nenhuma atitude for tomada.

Para evitar que isso aconteça, é fundamental promover, incentivar e praticar a reciclagem do plástico. Quando o plástico é tratado como matéria-prima (ao invés de lixo), ele pode ser usado para dar vida a novos produtos como como conduítes, sacos de lixo, baldes, cabides, garrafas de água sanitária, acessórios para automóveis, entre outros. Além disso, é possível economizar até 50% de energia com o uso de plástico reciclado.

A reciclagem também contribui para a redução de CO2 na atmosfera. Um estudo da Comissão Europeia sugere que o uso de materiais reciclados ajuda a reduzir substancialmente a pegada de carbono das embalagens plásticas. Em outras palavras, a reciclagem de plástico ajuda a mitigar o aquecimento global, pois reduz a poluição do ar.

Por que reduzir?

Reduzir o consumo é uma prática comum e bastante eficaz para a solução dos resíduos plásticos. Por isso, para que a poluição plástica seja mantida sob controle, o mundo precisa dar três passos principais, de acordo com especialistas no assunto. Em um curto prazo, a sociedade precisa reduzir significativamente o uso de itens descartáveis desnecessários, como garrafas de água, sacolas plásticas, canudos e outros utensílios.

A médio prazo, os governos precisam fortalecer os sistemas de coleta e reciclagem para evitar que resíduos cheguem ao meio ambiente e passem a ocupar mais as latas de lixos e as centrais de reciclagem. Já a longo prazo, as empresas precisam adotar embalagens que sejam de fácil inserção no mercado da reciclagem.

A reciclagem de plástico já percorreu um longo caminho e continua avançando, contribuindo significativamente para a redução dos resíduos em nossos aterros. Embora as embalagens descartáveis não desapareçam completamente, uma série de alternativas, incluindo os biodegradáveis e as sacolas reutilizáveis, estão se tornando cada vez mais disponíveis para os consumidores.

Nós, da GNR Ambiental, esperamos que a longo prazo, as conveniências oferecidas por nossa “sociedade descartável” sejam superadas por outras conveniências que sejam realmente boas para o planeta.

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